1. Mecânica
Este modelo era comum em carros mais antigos e ainda
existe nos carros mais populares hoje. A direção totalmente mecânica não tem
nenhum tipo de auxílio e depende da força dos braços do motorista - e sabemos
que em alguns casos manobrar com esses veículos, principalmente na hora da
baliza, pode ser um trabalho complicado.
O sistema é bem simples e
constituído basicamente por:
- coluna;
- árvore;
- caixa de
direção;
- barra;
- braços de direção.
Então, podemos dizer que quando o volante é girado, o movimento é
transmitido ao leme através da coluna. A rotação é então transformada e passada
para o braço, que por sua vez controla o posicionamento da roda. Uma das
vantagens deste sistema é que, por ser mais simples, custa muito menos que
outros sistemas, tanto em termos de peças quanto de mão de obra para reparos.
Além disso, é muito robusto
e geralmente não causa grandes problemas - quando o fazem, é relativamente
fácil detectá-los e corrigi-los, especialmente quando estão nos servos. No
entanto, quem já teve que manobrar em um veículo com direção mecânica sabe que
não é nada confortável.
2. Hidráulica
Presente no Brasil desde o lançamento do Ford Galaxie nacional, em 1967,
a direção com assistência hidráulica já equipava modelos como o Chrysler
Imperial desde 1951 e logo se tornou motivo de muitos elogios. A principal
função desse modelo era reduzir o esforço que o motorista fazia ao girar o
volante, o que agradou bastante o público apaixonado pelo setor
automotivo, principalmente considerando o tamanho e peso dos carros da época.
Diferentemente do modelo mecânico, a direção hidráulica usa alguns
elementos para tornar a condução mais leve, dando aquela forcinha ao motorista.
Além dos itens citados na direção mecânica, os principais componentes desse
sistema são:
- bomba hidráulica;
- fluido;
- válvula de rotação;
- tubulações;
- reservatório.
O seu funcionamento é bem simples. Ao ligar o motor, a bomba hidráulica
é acionada por meio de correias e polias, pressurizando o fluido. Uma vez que
isso acontece, ele é enviado à válvula de rotação, que distribui esse material
a pistões, responsáveis por auxiliar no movimento das rodas. Com isso, chegamos
à grande vantagem desse sistema: a sua maciez ao dirigir.
Comparado à versão mecânica, a direção hidráulica é bem mais leve e, nas
manobras, isso fica muito evidente. Uma das desvantagens desse sistema é o fato
de ele consumir recursos do motor para girar o compressor, o que pode aumentar
o consumo de combustível e reduzir um pouco a potência do automóvel,
principalmente em modelos mais modestos. Vazamentos de fluidos também podem ser
um problema conforme o carro vai envelhecendo.
3. Elétrica
Como a direção hidráulica não era perfeita, surgiu a necessidade
de corrigir alguns de seus problemas. Em 1988, o modelo elétrico foi usado
pela primeira vez no Suzuki Cervo. Atualmente, ele vem se popularizado bastante
e equipa boa quantidade de veículos nacionais.
Diferentemente da versão hidráulica, não é preciso nenhum tipo de fluido
ou bomba para auxiliar no movimento das rodas. Em geral, esse sistema utiliza
uma série de sensores que detectam o posicionamento do volante e das rodas, bem
como força e velocidade aplicadas.
Esses dados são enviados a uma central eletrônica que, após
interpretá-los, comanda um motor elétrico acoplado à coluna de direção. Dessa
forma, todo o esforço para girar as rodas é feito por ele, o que garante muito
mais conforto nas manobras. Esse sistema traz apenas uma desvantagem marcante:
o seu custo, que tende a ser bem salgado em relação aos outros.
4. Eletro-hidráulica, Híbrida ou Assistida
A eletro-hidráulica, outro conceito de direção que mescla o melhor
de dois mundos para trazer ainda mais conforto ao motorista. Ela funciona de
forma bem semelhante à versão totalmente hidráulica, mas traz algumas
melhorias, tanto no desempenho quanto no custo.
Lembra que, na versão hidráulica, o motor do carro é que tinha de atuar a bomba para pressurizar o fluido? No modelo mais avançado, isso é feito por um motor elétrico totalmente independente, o que resolve alguns problemas — ainda que não todos. Embora seja mais cara quando comparada às versões mecânicas ou totalmente hidráulicas, se analisarmos sua parte elétrica, existe uma redução no preço de peças e mão de obra.